quinta-feira, 13 de setembro de 2012

História da Cachaça


(Mascára de folha de flanders,usada nos escravos como castigo e também para não beber)

O Brasil comemora, dia 13 de setembro, o Dia Nacional da Cachaça. A escolha da data tem explicação histórica. Em 13 de setembro de 1661, uma revolta popular contra a colônia portuguesa levou à legalização da cachaça, que era proibida até então. Tal episódio ficou conhecido como “Revolta da Cachaça”.
E já que essa bebida é uma das mais populares do nosso Nordeste, decidimos escrever um pouco sobre sua história, afinal, não basta beber cachaça, tem que conhecer sua história!
Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo e não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse. Um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou! Então o que fazer? A saída qu
e encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. No dia seguinte, encontraram o melado azedo(fermentado).
Não pensaram duas vezes. Misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. O “azedo” do melado antigo era álcool, que aos poucos foi evaporando e formou goteiras no teto do engenho, que pingavam constantemente. Daí o nome “PINGA”.
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, daí o nome “AGUARDENTE”.
Caindo em seus rostos e escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. Então sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo.
Com o tempo a fabricação da cachaça foi sendo aprimorada e caiu no gosto da população em geral.
Hoje em dia é artigo de exportação!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Manuel Congo um dos nossos

DIa 6 de setembro de 2012 completa exatos 173 anos de morte de Manuel Congo. Considerado líder da maior rebelião de escravos que ocorreu na região do vale do Paraíba do Sul, localizado em Paty do Alferes, Rio de Janeiro.

Após a revolta d...
os Malês, na Bahia em 1835, os donos de escravos de todo o País temiam a possibilidade de uma rebelião. O tratamento aos escravizados tornou-se ainda mais cruel, consequentemente, o clima de revolta, tomou conta da região cafeeira e canavieira da Baixada Fluminense e do Vale do Paraíba. A gota d'água aconteceu em novembro de 1938, quando escravo Camilo Sapateiro, foi assassinado pelo capataz de uma das três fazendas do capitão Manuel Francisco Xavier e ficou impune.

Liderados pelo ferreiro Manuel Congo, cerca de 300 escravos, homens e mulheres fugiram das fazendas de Xavier. Entre eles estava a Marianna Crioula. Manuel era chamado de "rei" pelos revoltosos e Marianna, "rainha". Todos se embrenharam na floresta, onde estavam formando o quilombo de Santa Catarina. Sob o comando do oficial Luiz Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, a Guarda Nacional perseguiu os revoltosos. Foram presos 16 negros (homens e mulheres). Manuel foi condenado à morte. Marianna foi absolvida, mas obrigada a assistir à execução do companheiro. Enforcado em 6 de setembro de 1839, Manuel Congo não foi sepultado, para servir de exemplo aos demais. No local do enforcamento, junto à pedreira de Vassouras, hoje existe um memorial em sua homenagem. Ao lado de Zumbi, Luiza Mahin e outros.