Hoje foi um dia muito legal, a convite da Diretora Maria
José que foi minha professora da segunda série fizemos uma apresentação na
Escola Santa Rosa de Lima, o convite veio pois um aluno meu estava bagunçando
muito e quando ela viu que ele fazia capoeira, falou “porque ao invés de
bagunçar você não faz capoeira” daí então ele foi melhorando, o Mestre Tigrão o
Silvio e o Josimar, deram uma força e as crianças adoraram a apresentação eras
8 e 40 ás 6 e meia já estavam aqui me chamando, fiquei feliz por poder passar
um pouco da nossa cultura negra e brasileira, para que daqui uns anos assim
como eu eles possam estar voltando na escola e fazendo o mesmo
quinta-feira, 22 de março de 2012
sexta-feira, 16 de março de 2012
Anastácia exemplo de mulher
“Eu particularmente não comemoro dia 8
de Março como dia Internacional da Mulher, pois acredito que o dia da mulher é
todo dia, não adianta o marido dar um buque de flores dia 8 e dia 9 espancar ou
trair a mulher, vejo vários movimentos celebrando o dia 8, e os outros 364 dias
do ano? Escrava Anastácia um exemplo de mulher que viveu aqui em nossas terras
brasileiras, símbolo de resistência, por ser uma negra muito bela soube se
valorizar recebeu o castigo de uma mascara que só era retirada para se
alimentar, enquanto eu vejo muito mulher hoje ai ficando com caras pra fala que
“pego” o cara de tal carro, ou aquele moleque que é o mais pegador, sei lá vejo
muitos valores trocados, naquela época as negras eram abusadas e tinham até a
prostituta de ganho, que grande parte do dinheiro que ela conseguia era para o
dono dela, ela ficava com 5%, e outras para ficar na casa grande se vendia,
hoje a mulher é independente conseguiu seu espaço trabalha vai a luta, e vejo
muitas não se valorizando com diz na música ”Encontre uma de caráter se você puder
(MAIS TEM) é embaçado ou não é” fica ai meu pensamento vamos estudar mais sobre nosso povo nossa cultura, e
valorizar a mulher todo dia vamos pensar que todo dia é dia da mulher, e não
ficar com 2 ,3 ou mais caras, a Anastácia se valorizou mesmo sofrendo castigo e
tendo que viver na miséria!” Renato F.S.
Nos meios que militam as lideranças
negras, femininas ou masculinas, fala-se muito sobre quem foi e como teria sido
a vida e a história da Escrava Anastácia, que muitas comunidades religiosas
afro-brasileiras, particularmente, as ligadas à religião católica apostólica
romana, gostariam de propor à sua Santidade, o Papa, para que fosse beatificada
ou santificada, dentro dos preceitos e dos ritos canónicos que regem este
histórico e delicadíssimo processo.
Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de Abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos nesse País.
Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão da sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Delmira, Mãe de Anastácia, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual Anastácia, a sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de Maio, no centro-oeste mineiro.
Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” teria vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: Anastácia, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada, a violência sexual aconteceu.
Apesar de toda circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heroica existência.
As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”. (Onde o seu espírito, combate a inveja, ciúmes e a injustiça).
Anastácia já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que os seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não teve como evitar a destruição também dos poucos documentos que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referente à “Escrava Anastácia” – “A Santa” (assim, é venerada dentro da Religião Afro-Brasileira), além da imagem que a história ou a lenda deixou em volta do seu nome e na sua postura de mártir e heroína, ao mesmo tempo.
Descrita como uma das mais importantes figuras femininas da história negra, Escrava Anastácia é venerada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. De acordo com a crença popular, a Escrava Anastácia continua operando milagres.
Pelo pouco que se sabe desta grande mártir negra, que foi uma das inúmeras vítimas do regime de escravidão, no Brasil, em virtude da escassez de dados disponíveis a seu respeito, pode-se dizer, porém, que o seu calvário teve início em 9 de Abril de 1740, por ocasião da chegada na Cidade do Rio de Janeiro de um navio negreiro de nome “Madalena”, que vinha da África com carregamento de 112 negros Bantus, originários do Congo, para serem vendidos como escravos nesse País.
Entre esta centena de negros capturados em sua terra natal, vinha, também, toda uma família real, de “Galanga”, que era liderada por um negro, que mais tarde se tornaria famoso, conhecido pelo nome de “Chico-Rei”, em razão da sua ousada atuação no circuito aurífero da região que tinha por centro a Cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais. Delmira, Mãe de Anastácia, era uma jovem formosa e muito atraente pelos seus encantos pessoais, e, por ser muito jovem, ainda no cais do porto, foi arrematada por um mil réis. Indefesa, esta donzela acabou sendo violada, ficando grávida de um homem branco, motivo pelo qual Anastácia, a sua filha, possuía “olhos azuis”, cujo nascimento se verificou em “Pompeu”, em 12 de Maio, no centro-oeste mineiro.
Antes do nascimento de “Anastácia”, a sua Mãe “Delmira” teria vivido, algum tempo, no Estado da Bahia, onde ajudou muitos escravos, fugitivos da brutalidade, a irem em busca da liberdade. A história nefanda se repete: Anastácia, por ser muito bonita, terminou sendo, também, sacrificada pela paixão bestial de um dos filhos de um feitor, não sem antes haver resistido bravamente o quanto pôde a tais assédios; depois de ferozmente perseguida e torturada, a violência sexual aconteceu.
Apesar de toda circunstância adversa, Anastácia não deixou de sustentar a sua costumeira altivez e dignidade, sem jamais permitir que lhe tocassem, o que provocou o ódio dos brancos dominadores, que resolvem castigá-la ainda mais colocando-lhe no rosto uma máscara de ferro, que só era retirada na hora de se alimentar, suportando este instrumento de supremo suplício por longos anos de sua dolorosa, mas heroica existência.
As mulheres e as filhas dos senhores de escravos eram as que mais incentivavam a manutenção de tal máscara, porque morriam de inveja e de ciúmes da beleza da “Negra Anastácia”. (Onde o seu espírito, combate a inveja, ciúmes e a injustiça).
Anastácia já muito doente e debilitada, é levada para o Rio de Janeiro onde vem a falecer, sendo que os seus restos mortais foram sepultados na Igreja do Rosário que, destruída por um incêndio, não teve como evitar a destruição também dos poucos documentos que poderiam nos oferecer melhores e maiores informações referente à “Escrava Anastácia” – “A Santa” (assim, é venerada dentro da Religião Afro-Brasileira), além da imagem que a história ou a lenda deixou em volta do seu nome e na sua postura de mártir e heroína, ao mesmo tempo.
Descrita como uma das mais importantes figuras femininas da história negra, Escrava Anastácia é venerada como santa e heroína em várias regiões do Brasil. De acordo com a crença popular, a Escrava Anastácia continua operando milagres.
Texto retirado do site
www.centroanastacia.com
segunda-feira, 5 de março de 2012
Faremos palmares de novo!
"Ai sim, grande manifestação simbolo de movimento e resistência negra, vê os donos das lojas correndo pra fecharem seus comércios, é os negros tomando a cena, é os negros chegando mostrando sua voz e sua coragem, oque é engraçado que os próprios negros que estavam ali de segurança tavam batendo sujeira, defendendo o patrimônio do playboy, como diziam no grito " Ao menos que se conte a hitória não te esqueço meu povo!" falta mais gente nos movimentos,enquanto cada um olha só pro seu umbigo continuaremos com esse estado omisso e racista!vamo acorda,vamo acorda.."
Renato F.S.
Integrantes de organizações de combate ao racismo promoveram no sábado 11 de fevereiro de 2012 um ato político em frente ao metrô Santa Cecília, no centro de São Paulo, e seguiram em passeata o shopping Pátio Higienópolis, ainda na região central da cidade. O protesto foi organizado pelo Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra, que reúne 27 organizações. Fazem parte do comitê movimentos ligados ao combate ao racismo, à homofobia e ao machismo.
O coordenador do Movimento Novo Quilombo, Raça e Classe, Wilson Honório da Silva, informou que a manifestação faz parte de uma mobilização contínua para combater a discriminação no país. "Nós estamos aqui para dizer que o racismo está em todos os lugares, mas nós também estamos em todos os lugares. Nós somos a maioria da população", disse.
A coordenadora do Núcleo de Consciência Negra na Universidade de São Paulo (USP), Haydee Fiorino, lembrou que para as mulheres o peso da discriminação é ainda maior. "As mulheres negras se encontram sempre em trabalhos subalternos, sem nenhum direito trabalhista. Ou então são vistas como a mulher do carnaval, a mulata libidinosa, que só ganha visibilidade no carnaval e depois volta para o seu lugar, limpando o chão", acrescentou.
Para colocar o combate ao preconceito na agenda da universidade e do movimento estudantil, o núcleo quer firmar um convênio com a USP, regularizando o espaço que o coletivo ocupa na instituição. Haydee destacou que o Núcleo de Consciência Negra existe há 24 anos na universidade e realiza atividades culturais, grupos de estudo e palestras.
Para Mariana Queen, também coordenadora do núcleo, a pequena quantidade de alunos negros na USP acaba constrangendo os que conseguem entrar na instituição. "Como mulher negra, sofro opressão cotidianamente. Como estudante negra na USP, sendo uma das poucas da universidade e a única da minha sala, também me sinto oprimida", declarou a estudante de jornalismo, que defende as cotas raciais no vestibular.
Renato F.S.
Integrantes de organizações de combate ao racismo promoveram no sábado 11 de fevereiro de 2012 um ato político em frente ao metrô Santa Cecília, no centro de São Paulo, e seguiram em passeata o shopping Pátio Higienópolis, ainda na região central da cidade. O protesto foi organizado pelo Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra, que reúne 27 organizações. Fazem parte do comitê movimentos ligados ao combate ao racismo, à homofobia e ao machismo.
O coordenador do Movimento Novo Quilombo, Raça e Classe, Wilson Honório da Silva, informou que a manifestação faz parte de uma mobilização contínua para combater a discriminação no país. "Nós estamos aqui para dizer que o racismo está em todos os lugares, mas nós também estamos em todos os lugares. Nós somos a maioria da população", disse.
A coordenadora do Núcleo de Consciência Negra na Universidade de São Paulo (USP), Haydee Fiorino, lembrou que para as mulheres o peso da discriminação é ainda maior. "As mulheres negras se encontram sempre em trabalhos subalternos, sem nenhum direito trabalhista. Ou então são vistas como a mulher do carnaval, a mulata libidinosa, que só ganha visibilidade no carnaval e depois volta para o seu lugar, limpando o chão", acrescentou.
Para colocar o combate ao preconceito na agenda da universidade e do movimento estudantil, o núcleo quer firmar um convênio com a USP, regularizando o espaço que o coletivo ocupa na instituição. Haydee destacou que o Núcleo de Consciência Negra existe há 24 anos na universidade e realiza atividades culturais, grupos de estudo e palestras.
Para Mariana Queen, também coordenadora do núcleo, a pequena quantidade de alunos negros na USP acaba constrangendo os que conseguem entrar na instituição. "Como mulher negra, sofro opressão cotidianamente. Como estudante negra na USP, sendo uma das poucas da universidade e a única da minha sala, também me sinto oprimida", declarou a estudante de jornalismo, que defende as cotas raciais no vestibular.
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