segunda-feira, 5 de março de 2012

Faremos palmares de novo!

"Ai sim, grande manifestação simbolo de movimento e resistência negra, vê os donos das lojas correndo pra fecharem seus comércios, é os negros tomando a cena, é os negros chegando mostrando sua voz e sua coragem, oque é engraçado que os próprios negros que estavam ali de segurança tavam batendo sujeira, defendendo o patrimônio do playboy, como diziam no grito " Ao menos que se conte a hitória não te esqueço meu povo!" falta mais gente nos movimentos,enquanto cada um olha só pro seu umbigo continuaremos com esse estado omisso e racista!vamo acorda,vamo acorda.."
Renato F.S.

Integrantes de organizações de combate ao racismo promoveram no sábado 11 de fevereiro de 2012 um ato político em frente ao metrô Santa Cecília, no centro de São Paulo, e seguiram em passeata o shopping Pátio Higienópolis, ainda na região central da cidade. O protesto foi organizado pelo Comitê contra o Genocídio da Juventude Negra, que reúne 27 organizações. Fazem parte do comitê movimentos ligados ao combate ao racismo, à homofobia e ao machismo.
O coordenador do Movimento Novo Quilombo, Raça e Classe, Wilson Honório da Silva, informou que a manifestação faz parte de uma mobilização contínua para combater a discriminação no país. "Nós estamos aqui para dizer que o racismo está em todos os lugares, mas nós também estamos em todos os lugares. Nós somos a maioria da população", disse.
A coordenadora do Núcleo de Consciência Negra na Universidade de São Paulo (USP), Haydee Fiorino, lembrou que para as mulheres o peso da discriminação é ainda maior. "As mulheres negras se encontram sempre em trabalhos subalternos, sem nenhum direito trabalhista. Ou então são vistas como a mulher do carnaval, a mulata libidinosa, que só ganha visibilidade no carnaval e depois volta para o seu lugar, limpando o chão", acrescentou.
Para colocar o combate ao preconceito na agenda da universidade e do movimento estudantil, o núcleo quer firmar um convênio com a USP, regularizando o espaço que o coletivo ocupa na instituição. Haydee destacou que o Núcleo de Consciência Negra existe há 24 anos na universidade e realiza atividades culturais, grupos de estudo e palestras.
Para Mariana Queen, também coordenadora do núcleo, a pequena quantidade de alunos negros na USP acaba constrangendo os que conseguem entrar na instituição. "Como mulher negra, sofro opressão cotidianamente. Como estudante negra na USP, sendo uma das poucas da universidade e a única da minha sala, também me sinto oprimida", declarou a estudante de jornalismo, que defende as cotas raciais no vestibular.

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